Você pode tornar mais felizes as pessoas
E se você, meu amigo, por alguns momentos, deixasse de lado os seus próprios problemas e se detivesse nos do seu próximo?
E, se o filósofo pudesse por segundos, deixar de se debater com a complexidade dos fenômenos que atribulam o espírito humano e sorrisse ao seu vizinho?
E, se o político parasse um pouco de olhar à direita e à esquerda, a procura de ideias que conduzam a solução do problema da paz social e, olhasse à sua frente o quanto se pode realizar apenas com amor e boa vontade?
E, se o astronauta se preocupasse um pouco menos com os satélites do céu e pensasse um pouco nos da terra, que são seus semelhantes?
E, se o poeta às vezes tirasse das nuvens o seu pensamento e o colocasse naquele que está ao seu lado?
E, se o filósofo, o político, o astronauta, o poeta, você e eu nos déssemos as mãos e juntos, perguntássemos o que poderemos oferecer a vida, ao invés de nos preocuparmos tanto com o que a vida nos dará?
Nós faríamos a vida mais bela, o mundo mais humano, e, não descobriríamos juntos o quanto é melhor dar que receber?
Sim, pois para isto, basta que o homem utilize unicamente a sua potencialidade, a sua infinita capacidade e sabedoria. Potencialidade que se encontra no interior de cada um e de todos nós, mas, que, muitas vezes, ou desconhecemos ou não utilizamos totalmente, limitando a nossa busca ao mundo exterior.
Fazendo uso da nossa própria sabedoria e capacidade, em prol de um mundo melhor, em breve, veremos transformar tudo o que for negativo em positivo, toda a injustiça dará lugar ao que for justo, e, poderemos enfim, desfrutar de uma convivência mais humana e de uma vida com mais paz para todos.
Por que não tentar?
Categoria: Crônicas
Postado em: 24 de janeiro de 2021, às 16h21 | Publicação original: janeiro de 1990
M. A. Matos de Melo
Sobre mim
Sou Maria Auxiliadora Matos de Melo, Brasileira, viúva, nascida em Sete Lagoas (MG) em uma manhã de 10 de Abril da década de 40. Não tenho a pretensão de aqui estabelecer uma discussão filosófica sobre quem sou, apenas levar àqueles que me derem a honra da leitura dos meus escritos um pouco de informação sobre a minha pessoa, meus afazeres e prazeres, enfim, algo de mim.
Desde a minha mais tenra infância, e por influência da família materna, senti muito forte a presença da Literatura e da Arte em minha vida. A casa da minha avó materna era um verdadeiro ponto de encontro de pessoas com múltiplos talentos que, atraídos pela educação refinada e beleza intelectual da proprietária, ali se reuniam, nas quase noites dos finais de semana para uma troca de conhecimentos e informações sobre o que acontecia na Literatura, na Música, no Teatro, enfim, eram autênticos saraus, como se dizia, na época.
Foi nesse ambiente que cresci e, muito cedo, tornei-me aficionada da Poesia, do Conto, da Música, ou seja da Arte em todas as suas manifestações, e deixava, com prazer, as bonecas para me assentar em um canto da grande sala e desfrutar daquelas ideias novas e visão de mundo, no que se tornou um Círculo Literário e Artístico, frequentado por nomes que, posteriormente, se tornaram reconhecidos no cenário mineiro e nacional, como o escritor e filólogo Carlos Góes, cuja irmã praticamente morava na casa de minha avó, o músico Mozart Bicalho, grande violonista que alegrava com sua interpretação impecável aquelas tardes, e alguns militantes do Teatro mineiro, que também ali aportavam. Nesse ambiente, desenvolvi a minha paixão pela Poesia e pelas Artes em geral. Comecei a escrever, timidamente, alguns poemas que foram posteriormente transformados em livros, por iniciativa de amigos meus que militavam na área literária.
Essas duas publicações escolhidas, revisadas, ilustradas e enviadas ao prelo por esses dois grandes amigos, foram retiradas em parte de Crônicas e Poemas antes publicados nos diversos Órgãos de Imprensa da nossa cidade, onde fui colaboradora por muitos anos, através de uma Coluna semanal e de um Suplemento Literário que por algum tempo organizei e publiquei também semanalmente.
Quando decidi voltar aos estudos e à vida acadêmica, realizei um desejo antigo de militar na Psicologia. Graduei-me e exerci por algum tempo a Psicologia Clínica, cujos resultados muito me gratificaram, até que o meu trabalho como dirigente de empresa exigiu-me maior dedicação e tive que paralisar, pelo menos temporariamente o exercício da Clínica, ao qual algum dia pretendo voltar, pois, na medida do possível, continuo me informando e participando de atualizações como especialização em atendimento a crianças e adolescentes, minha segunda opção profissional.
Hoje, por sugestão de meu filho, volto à escrita para não perder a trilha da Literatura, nessa nova modalidade de mídia que a vida moderna nos oferece. Espero chegar às pessoas como anteriormente fazia nos Jornais da cidade e levar aos caros leitores um pouco da minha experiência de vida e do meu pensar.